terça-feira, 10 de outubro de 2023

Noite de Prêmios da ANCEC na Casa dos Açores do Rio (Set.23)

 

Noite de Prêmios da ANCEC na Casa dos Açores do Rio

Por Marisa Araújo (CEO da revista ABSOLUTE Rio e Rádio Marujo Carioca)

 

A ANCEC - Agencia Nacional de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação fez acontecer na tradicional Casa dos Açores, localizada na Tijuca, no Rio de Janeiro, mais uma edição anual de entrega de Honrarias e do concorrido SELO RESPONSABILIDADE CULTURAL. A solenidade de premiação teve a presença de artistas, entre as quais a atriz Rita Guedes e Leona Cavalli (que receberam a "Cruz da Referência Nacional"), mais personalidades diversas como o presidente da Casa dos Açores do Rio de Janeiro, João Leonardo Soares, que acompanharam o lançamento da 28º edição da Revista ANCEC, cujo jornalista responsável é o conde Thiago de Menezes, presidente da Federação das Academias de Letras do Brasil – FALB (Fundada em 1º de julho de 1936).

Na Casa dos Açores: A colunista cultural Nina Fernandes, a escritora açoriana Idalina Andrade Gonçalves, o presidente da FALB Conde Thiago de Menezes, a editora e escritora Zélia Maria Fernandes, a jornalista e blogueira Marisa Araújo e a tradutora e professora Ângela Guerra na festa da entrega do Selo de Responsabilidade Cultural “Nélson Rodrigues” 2023.

Homenagem ao jornalista Jeff Thomas: Figura folclórica do high society carioca, que foi colunista social nos áureos tempos do Rio Janeiro. Com mais de 60 anos de carreira na imprensa, e três dezenas de livros publicados, a maioria polêmicos, é amado e odiado pela sua verve tenaz.

O Conde Thiago de Menezes homenageia, com o SELO DE RESPONSABILIDADE CULTURAL, a socialite Lalá Von Gutenberg, conhecida antiquária e respeitada captadora de obras de arte para leilões e afins, sendo muito querida nos meios culturais e sociais.

A importância da atuação de um veículo social como ABSOLUTE RIO, publicação imprensa e on-line que vem há mais de duas décadas mostrando eventos e personalidades do Rio de Janeiro, coordenada pela jornalista Marisa Araújo é referendada pelo Conde Thiago de Menezes.

O Conde Thiago de Menezes condecora a escritora açoriana e membro da Academia Luso-Brasileira de Letras Idalina Andrade Gonçalves com a Medalha do Mérito Histórico “Pero Vaz de Caminha”, cunhada para perpetuar a memória do escrivão da Armada de Pedro Álvares Cabral.

O empreendedor Wanderley Pedroso, presidente do Conselho da ANCEC, recebe a Medalha da Ordem do Mérito “Pero Vaz de Caminha”, no Grau de COMENDADOR (incluída no Cadastro do Sistema de Pessoal e publicada no Almanaque do Pessoal do Exército Brasileiro sob o Código B60).

Conde Thiago de Menezes saúda a eterna professora de inglês, Ângela Guerra, - cujo talento múltiplo nos surpreende a cada momento, por suas habilidades artísticas: escritora, poeta, artista plástica, cantora, tradutora e revisora -, que foi galardoada com a Comenda Pero Vaz de Caminha.

O Conde Thiago de Menezes premia a ZMF Editora, conceituada empresa que se dedica a divulgar valores literários há exatos 34 anos. É dirigida pela agitadora cultural e escritora Zélia Maria Fernandes, atual presidente da ADABL – Associação dos Diplomados da Academia Brasileira de Letras. Zélia é mãe do Comendador Antônio Carlos Junior (Medalha Pero Vaz de Caminha 2023), Diretor da Trekking Tecnologia, sediada em Niterói.

Academia Maranhense de Letras, entidade literária máxima do Estado brasileiro do Maranhão, fundada a 10 de agosto de 1908, portanto comemorando 115 anos de tradição. Tem se destacado na comemoração dos 200 anos do grande poeta Gonçalves Dias. Representada pelo diretor da Federação das Academias de Letras do Brasil, o acadêmico prof. Jorge Alberto, presidente da Academia Irajaense de Letras e Artes – AILA.

Academia Piauiense de Letras, uma das entidades fundadoras da Federação das Academias de Letras do Brasil em 1936, fundada em 30 de dezembro de 1917 no Piauí. Conhecida como ‘Casa de Lucídio Freitas’, por ter sido fundada por esse poeta, é referência no cenário cultural nordestino. Representada pelo poeta cordelista e filósofo Erinaldo Santos, da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

Na Casa dos Açores, a presidente da AMRJ, o acadêmico professor Dr. Euderson Kang Tourinho, membro honorário das Academias de Medicina do Rio de Janeiro, do Piauí e do Amazonas, Mestre e doutor em Radiologia, mais a acadêmica Ana Maria Tourinho, vice-presidente Brasil da Académie des Lettres et Arts Luso-Suisse – ALALS e acadêmica honorária da ABRAMES - Academia Brasileira de Médicos Escritores, que recebe, à pedido do conde Thiago de Menezes da Ordem do Mérito Pero Vaz de Caminha, a homenagem para a Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, que foi fundada pelo Governo Português por um decreto de 16 de setembro de 1911.


Matéria na revista imprensa CITY NEWS Itapira, circulação Baixa Mogiana, SP, setembro/outubro 2023.


 


sábado, 2 de setembro de 2023

NA BIENAL Rio 2023: “GALENBECK, a Saga de uma Família”

 

Thiago de Menezes lança livro que fala de sua descendência prussiana

Lançamento de obra que retrata a trajetória da família Galenbeck acontecerá na BIENAL DO LIVRO do Rio de Janeiro e a obra enfoca ainda outros imigrantes como os Legutke e os italianos Gagliardi

 


Por Marisa Araújo, CEO do Grupo ABSOLUTE RIO, direto do Rio de Janeiro


O livro “GALENBECK, a Saga de uma Família”, de autoria do presidente da FALB (Federação das Academias de Letras do Brasil), o escritor e jornalista itapirense Thiago Galenbeck de Menezes, será oficialmente lançado na BIENAL DO LIVRO RIO 2023, no Riocentro, dia 06 de setembro de 2023, quarta-feira, das 19 horas até as 21 horas.

Com cerca de 200 páginas e com fotos raras ilustrando a obra, o livro de número 42 de sua autoria, narra a saga de familiares seus que vieram da Alemanha para o Brasil a partir do final do século XIX. Anteriormente a obra sobre a saga dos Galenbeck von Preußen teve um breve pré-lançamento, com palestra do autor, no Centro Cultural “Lauro Monteiro de Carvalho e Silva” em Mogi Mirim (SP). Há, ainda, a intenção de fazer uma noite de autógrafos em Araras (SP) reunindo parentes e descendentes familiares.

No livro, publicado pela Futurama e distribuído pela Editora CONEJO, Thiago retrata a trajetória da família prussiana Galenbeck, que deixou sua marca em muitas cidades do interior paulista em que participaram de suas formações, como Araras e também aborda a história da chegada de outros imigrantes alemães como os Legutke e os Graber, que fizeram parte da formação de Leme, entre outras, assim como detalha a chegada e trajetória de imigrantes italianos como os Gagliardi e os Boro, além de contar passagens sobre os Salviato (do interior do Espírito Santo), os Sani e os Nicoletto, que em algum momento se cruzam historicamente com os Galenbeck, além dos Hilsdorf e Hebling, imigrantes alemães de Piracicaba. A família também marcou época em Pirassununga, Santa Cruz das Palmeiras e Mogi Mirim, assim como em Rio Claro e Bebedouro, posteriormente.

Também a família Mähl tem sua trajetória narrada em detalhes no livro, pois a matriarca Christina Mähl foi casada com Guilherme Galenbeck, o patriarca que deixou a Pomerânia no ano de 1857 e veio tentar a vida no Império do Brasil, que vivia um momento de grandes transformações econômicas e sociais. O Brasil é um país feito por imigrantes e Thiago tenta fazer justiça à sua memória familiar, pouco lembrada pelas gerações seguintes à de sua bisavó.

 

Galenbeck von Preußen


Com apresentação do escritor e jornalista Gabriel Kwak, membro das Academias Paulista de Jornalismo e Cristã de Letras e com capa do premiado cenógrafo, artista plástico e diretor de arte Alberto Camarero, o livro tem suas orelhas a cargo do escritor e pesquisador Alberto de Oliveira, que também luta na recuperação de nomes e famílias perdidas na memória brasileira. A dupla ‘Os Albertos’ são autores de “Cravo na Carne - Fama e Fome”, publicado pela Veneta em 2015, como resultado de uma dessas pesquisas, sobre as faquiresas do Brasil, além das biografias “Suzy King, a Pitonisa da Modernidade”, “Divina Valéria” e “Eloína, muito além das curvas”, recentemente lançado.


História da família Galenbeck

Instalada no Império do Brazil, na parte central da Província de São Paulo que pertencia à região de Campinas e Mogi Mirim, a família Galenbeck escreveu sua história e deixou descendência que marcou a vida social e empresarial integrada por municípios como Araras, Rio Claro, Limeira, Pirassununga, Leme, Santa Cruz das Palmeiras, Itirapina, Itapira assim como Bebedouro, Ribeirão Preto e São Carlos onde fixaram raízes e deixaram grande descendência. Os Gallenbeck eram imigrantes alemães oriundos de Pommern, uma província da Prússia, da Confederação dos Estados Alemães. A saga dos Galembeck, pesquisada com afinco durante anos pelo escritor, jornalista e adido consular Thiago Galenbeck de Menezes – descendente direto de Carl August Wilhelm Galenbeck, dito Guilherme Galenbeck - com levantamentos históricos comprobatórios, representa a supremacia na colonização alemã em São Paulo no final do século XIX e começo do século XX. Essa obra inicial familiar traz os primeiros subsídios para delimitação da imigração alemã no Brasil no interior do estado de São Paulo. Um livro de pesquisa e de reencontro emotivo com 165 anos da vida de uma família pomerana no Brasil.

Gabriel Senador Kwak

da Academia Paulista de Jornalismo (APJ) e da Academia Cristã de Letras, SP.

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Memorial Federação das Academias de Letras do Brasil

 

Memorial Federação das Academias de Letras do Brasil 

    No intuito de preservar a memória documental da Federação das Academias de Letras do Brasil, a co-irmã FALASP – Federação das Academias de Letras e Artes do Estado de São Paulo está, junto ao acadêmico Thiago de Menezes – da Diretoria de ambas – recuperando e classificando documentos diversos, que de uma certa forma contam a trajetória da entidade que tem 87 anos de tradição. Os mesmos estão sendo higienizados e escaneados para depois serem arquivados e suas cópias serão entregues para as Academias Estaduais que fizeram e fazem parte da história da FALB.

 

A Federação das Academias de Letras do Brasil, também conhecida pela sigla FALB, idealizada pelo escritor, filósofo, historiador e crítico literário baiano Affonso Costa, membro da Academia de Letras da Bahia, e fundada na cidade do Rio de Janeiro em 01 de julho de 1936 – pelo Primeiro Congresso das Academias de Letras e Sociedades de Cultura Literária realizado no país, reunido no Rio de Janeiro, de 03 a 16 de maio de 1936, por iniciativa da Academia Carioca de Letras, no edifício do ‘Syllogeu Brazileiro’, sob a presidência do Dr. Fernando Magalhães da Academia Brasileira de Letras - e reconhecida como de Utilidade Pública pelo Decreto Federal nº 1670, de 24/05/1937 e pela Lei Estadual nº 24, de 15/12/1960), com sede própria – cujo direito de uso, gratuito, exclusivo e perpétuo, lhe foi assegurado pela Lei nº 2554, de 03.08.1955 - e foro na cidade do Rio de Janeiro, RJ, à Rua Teixeira de Freitas nº 5, 3º andar (Sala 303), Lapa (edifício “Pedro Calmon” do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro), é uma associação cultural e literária de caráter civil e de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira, que reúne academias de letras estaduais, regionais e municipais, além de acadêmicos delegados das mesmas e seu corpo diretor.

Academia Espírito-santense de Letras (AEL)

A Academia Espírito-santense de Letras (AEL), fundada em 04 de setembro de 1921, com a posse dos primeiros vinte acadêmicos em 1923, e reorganizada em 18 de julho de 1937. Essa tradicional instituição cultural capixaba, a segunda entidade cultural mais antiga do Espírito Santo em atividade, só antecedida pelo IHGES, de 1916, é filiada à Federação das Academias de Letras do Brasil desde 1937.

Foram dois acadêmicos da Academia Espírito-santense de Letras presidentes da Federação das Academias de Letras do Brasil: Acadêmico da Academia Espírito-santense de Letras e Desembargador, Carlos Xavier Paes Barretto, um dos atuantes e fundadores - em 1916 - do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, foi Presidente da FALB em duas gestões na década de 1940. Ele foi diretor em algumas gestões, Delegado e nomeou três Delegados da Academia Espírito-santense de Letras e um do IHGES para a FALB. Inclusive, a diretoria atual ‘falbeana’ está cuidando para ter a foto do Dr. Carlos Xavier, como um dos retratos a serem apostos em sua sede própria, uma vez que a entidade já tem o busto em bronze do mesmo no Auditório “J. E. Pizzarro Drummond”.

Outrossim o Acadêmico da Academia Espírito-santense de Letras Jair Tovar, que também foi presidente da FALB na década de 1970, foi destacado membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espirito Santo, que foi fundado em 12 de junho de 1916, pelos historiadores Drs. Antônio Francisco de Ataíde (Engenheiro), Arquimino Martins de Mattos (Médico) e Carlos Xavier Pais Barreto (advogado).

Da Academia Espírito-santense de Letras, que exerce há mais de 100 anos um papel singular e de excelência na contribuição com a cultura capixaba, a FALB divulga esse Ofício do Presidente da AEL José Moysés datado de 1990 e endereçado ao Presidente da FALB, Desembargador Antônio de Arruda:


 Academia Paulista de Letras (APL)

A Academia Paulista de Letras teve sua festa de inauguração no dia 27 de novembro de 1909, data confirmada como o de sua fundação oficial, promovida por seu idealizador Dr. Joaquim José de Carvalho realizada no palacete do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. O primeiro presidente da Academia Paulista de Letras foi Brasílio Augusto Machado de Oliveira, no mesmo ano de 1909. Da APL a FALB, via FALASP, divulga Ofício do Presidente Francisco Marins ao Almirante Dr. Olavo Dantas, presidente da entidade em 1979:

Academia Amazonense de Letras (AML)

A Academia Amazonense de Letras, como suas congêneres, tem por missão promover a defesa da língua pátria e incentivar o cultivo das letras e da literatura nacional. Vejamos o artigo 1º de seus Estatutos: "A Academia Amazonense de Letras fundada a 1º de janeiro de 1918, com a denominação de Sociedade Amazonense de Homens de Letras, filiada à Federação das Academias de Letras do Brasil, tem pôr fim a cultura do idioma e da literatura nacional mediante a ação individual ou coletiva de seus membros". E um fato muito importante, ligando a FALB à Academia Amazonense de Letras é que um dos fundadores da Federação das Academias de Letras do Brasil, o literato Benjamin Lima, havia sido um dos fundadores da Academia Amazonense de Letras. Aliás, a Academia teve em seu seio dois notáveis irmãos, os acadêmicos Benjamim Lima e Araújo Lima, espécie de "irmãos Goncourt" da Academia Francesa. Benjamim Lima, que na década de 1930 residiria no Rio de Janeiro, era professor e teatrólogo, e foi o primeiro presidente da Academia. Estilista famoso, primava pela expressão luzida, tendo verdadeiro horror da vulgaridade literária. Queria o período perfeito e harmonioso, que lhe saísse da pena como um lampejo. A conferência que pronunciou no Teatro Amazonas, quando do falecimento de Olavo Bilac, é um primor de arte. Seu irmão era médico, dos mais célebres que o Amazonas já possuiu. Publicou a obra Amazônia — a terra e o homem, incontestavelmente um dos livros mais sérios que já se escreveram sobre a região. Da AML (a Casa de Adriano Jorge) à FALB, via FALASP, divulga Ofício do Presidente Oyama Ituassu, que ocupou o cargo nos biênios 1990-1993, 1993-1994 e 1994-1995:

Academia Piauiense de Letras (APL)

Academia Piauiense de Letras também denominada de “Casa de Lucídio Freitas”, por ter sido idealizada por este poeta, foi fundada no dia 30 de dezembro de 1917, no salão nobre do Conselho Municipal de Teresina, em pleno momento de vigor intelectual no Piauí. A ideia da criação da Academia Piauiense de Letras também nasceu do desejo dos intelectuais do Estado de se integrarem ao movimento cultural das demais regiões do país, a exemplo do Estado do Maranhão, onde tanto Clodoaldo Freitas, quanto Higino Cunha participaram do meio literário (Oficina dos Novos-1906) que deu origem à Academia Maranhense de Letras. Esta academia, por sua vez, só foi oficialmente reconhecida como instituição de utilidade pública pelo governador João Luís Ferreira, através da lei nº 1.002, de 4 de julho de 1921, e no dia 24 de março de 1937, a APL filiava-se a Federação das Academias de Letras do Brasil, contando com o apoio moral e material do presidente da República. A antiga filiação da Academia Piauiense de Letras à Federação das Academias de Letras do Brasil deu-se nos primeiros anos de vida desta, mas se avultou e prosperou, primeiro, via correspondência do então presidente da entidade por duas profícuas gestões, o acadêmico Desembargador Cristino Castelo Branco (1892 – 1983), depois de sugestão de Afonso Costa. Da APL à FALB, via FALASP, divulga carta do Presidente A. Tito Filho, que comandou a entidade no período de 1971 a 1992, sobre Delegados da APL na FALB. Arimathéa Tito Filho (Barras, 1924 – Teresina, 1992) foi historiador, cronista, jornalista e sócio correspondente da Academia Carioca de Letras, entidade propulsora da FALB.




domingo, 31 de julho de 2022

Concurso Literário da FALB reverencia Darcy Ribeiro

 

Concurso Literário reverencia o centenário de 

Darcy Ribeiro (1922-1997)


                      O imortal Darcy Ribeiro (Foto Acervo Jornal O GLOBO)

    

No ano em que Darcy Ribeiro completa 100 anos, o sociólogo, antropólogo, professor, escritor, indigenista, imortal da ‘Academia Brasileira de Letras’, ex-ministro da educação e da casa civil, é homenageado com um Concurso Literário, à nível nacional, pela “Federação das Academias de Letras do Brasil”, a FALB, em conjunto com o Instituto CANOA e apoio do Jornal DR1.

    A “Federação das Academias de Letras do Brasil” foi idealizada pelo escritor, filósofo, historiador e crítico literário Affonso Costa e fundada na cidade do Rio de Janeiro em 01 de julho de 1936 – pelo Primeiro Congresso das Academias de Letras e Sociedades de Cultura Literária realizado no país, reunido no Rio de Janeiro, de 03 a 16 de maio de 1936, por iniciativa da Academia Carioca de Letras, no edifício do antigo Syllogeu Brazileiro, sob a presidência do Dr. Fernando Magalhães da ‘Academia Brasileira de Letras’ - e reconhecida como de Utilidade Pública pelo Decreto Federal nº 1670, de 24/05/1937 e pela Lei Estadual nº 24, de 15/12/1960), com sede própria – cujo direito de uso, gratuito, exclusivo e perpétuo, lhe foi assegurado pela Lei nº 2554, de 03.08.1955 - e foro na cidade do Rio de Janeiro, RJ, funcionando no 3º andar do edifício “Pedro Calmon” do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – IHGB, localizado na Glória, no Rio de Janeiro. Se primeiro dirigente foi o dicionarista Laudelino Freire, também imortal da ‘Academia Brasileira de Letras’.

    Também sediado no centro do Rio de Janeiro, o Instituto CANOA nasceu em defesa do legado imaterial, inestimável e necessário à humanidade criado pelo homem de muitas causas, feito Patrono daquela Instituição, o próprio professor Darcy Ribeiro. O CANOA visa a recuperação do personagem imprescindível na construção das políticas de educação no Brasil; afinal Darcy Ribeiro foi responsável pela fundação da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), bem como pela criação de um generoso projeto de educação em tempo global no Estado do Rio de Janeiro (os CIEPS). 

    Viva Darcy Ribeiro!


PRÊMIO LITERÁRIO CENTENÁRIO DE DARCY RIBEIRO

CONCURSO DA FALB COM O INSTITUTO CANOA E APOIO JORNAL DR1

REGULAMENTO

 

I - OBJETIVO: Revigorar a memória centenária de Darcy Ribeiro, valorizar sua histórica contribuição à cultura e à cidadania, assim como seu empreendedorismo na educação brasileira.

II – TEMA: Temas livres, mas para texto corrido (crônicas) denotando a atualidade brasileira.

III – CONTEÚDO: Observados o tema para o prêmio, a matéria deverá expressar, por exemplo e sugestão, o pensamento livre do autor sobre a atualidade cultural e ou literária sociologicamente em contribuição na vida jurídica, cultural e político-administrativa do Estado do Rio de janeiro e do Brasil; poderá também indicar fatos relevantes para a Memória do Centenário de Darcy Ribeiro; relatar fatos da sua trajetória diversificada e evolução do pensamento sociológico no Brasil e a relevância do legado de sua obra literária, evidenciando a contribuição de professores e alunos na vida do Estado e do País.

IV – PARTICIPANTES: Estudantes, maiores de dezoito anos, e profissionais de qualquer área.

V – APRESENTAÇÃO: Em Língua Portuguesa, gramaticalmente correta na nova ortografia, datilografado ou digitado, em papel A4, espaço simples, letra Arial, corpo 12, em no mínimo 2 (duas) laudas e no máximo 10 (dez) laudas (excluindo as relacionadas com a bibliografia, tabela, gráficos, ilustrações e anexos, se por ventura houverem), devidamente numeradas.

VI – OS TRABALHOS: As participações, não serão devolvidas, deverão ser remetidas em três vias, sob pseudônimo, para a FALB - Rua Teixeira de Freitas, nº 5, 3º andar – Lapa – Rio de Janeiro –R.J. - CEP: 20 021 – 350 – constando no envelope os dizeres: Prêmio Centenário de Darcy Ribeiro – Concurso Literário. Em cada uma das três vias do trabalho constará o pseudônimo sob qual o candidato está concorrendo. As três vias deverão estar lacradas dentro de envelope. O candidato deverá entregar ainda, junto ao mesmo, outro envelope menor, devidamente lacrado, contendo: a) o nome completo do (a) autor (a); b) endereço; c) telefone; d) e-mail; e) pseudônimo; f) resumo do curriculum vitae.

VII – INFORMAÇÕES: Obtidas no e-mail federacaodasacademiasdeletras@gmail.com

VIII – PREMIAÇÃO: O 1º colocado será premiado com Troféu. Os trabalhos que não obtiveram o 1o lugar poderão receber menção honrosa e medalhas. A todos os trabalhos inscritos que tiverem preenchido os requisitos do Regulamento do Concurso serão conferidos diplomas de participação.

IX – PRAZO: As participações deverão ser entregues na portaria do Edifício Pedro Calmon (IHGB), onde funciona a FALB ou serem postadas no Correio, impreterivelmente, até 30 de setembro de 2022.

X – JULGAMENTO: As participações que atenderem às exigências do regulamento serão protocoladas, registradas e julgadas por Comissão Especial designada pela Diretoria da FALB em conjunto com o Instituto CANOA. Do julgamento não caberá recurso. As premiadas poderão ser publicadas na Revista da FALB.

XI – OUTORGA DOS PRÊMIOS: O resultado do concurso será anunciado até o dia 15 de outubro de 2022 no Blog e na Page da FALB, além de avisados via e-mail e a outorga dos prêmios será feita em sessão solene comemorativa de seu centenário.

XII – DISPOSIÇÕES GERAIS: Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão deste concurso.



 

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Heloisa Aleixo Lustosa, Rio perde a presidente da ABA!


Heloisa Aleixo Lustosa, a icônica

Sinônimo de arte, elegância e grande cultura, o Rio de Janeiro se despede de sua grande dama das artes plásticas


por Thiago de Menezes *


Heloisa Aleixo Lustosa de Andrade (na foto de Marcelo Borgongino em destaque, com o antiquário e acadêmico das artes, Paulo Roberto Barragat) que marcou a vida cultural brasileira com sua atuação fundamental, partiu no domingo, 05 de junho de 2022. O Rio de Janeiro cultural está de luto pela perda de um nome ícone e destaque quando o assunto era arte e museologia. Personalidade de primeiríssima linha, a senhora Lustosa presidia a tradicional “Academia Brasileira de Artes”, mas era conhecida do grande público e dos culturetes de carteirinha por ter dirigido o MAM, o Museu Nacional de Belas Artes, o Museu de Imagens do Inconsciente e foi pioneira em levar para o Rio de Janeiro, dando acesso ao grande público, exposições de artistas internacionais como Monet, Rodin, Salvador Dalí e Eugène Boudin. 

Na atualidade, além de ter sido presidente da “Academia Brasileira de Artes”, onde dinamizou a entidade que completa 80 anos em 2022, atuou como Membro do Conselho Deliberativo do Museu de Arte Moderna (MAM) e Membro do Conselho Executivo da Unesco e Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, além de ter sido integrante do Conselho Empresarial de Cultura da Associação Comercial do Rio de Janeiro. A “Academia Brasileira de Arte” foi fundada em 1942, por inspiração de Ataulfo de Paiva, para culto da arte em sete de suas manifestações: pintura, escultura, arquitetura, literatura, teatro, música e crítica/história das artes. Teve como fundadores figuras do porte de, entre outros, Eliseu Visconti, Heitor Villa-Lobos, Alceu Amoroso Lima, Roquette Pinto, Leopoldo Gottuzzo (que também se destacaria como imortal da co-irmã “Academia Brasileira de Belas Artes”) e Gustavo Capanema. Aliás, e justamente em sucessão ao próprio ministro Gustavo Capanema, na cadeira 20, Heloísa integrava a Arcádia desde 1986, tendo sido recebida pelo escritor Marcos Almir Madeira, que também era presidente do PEN Clube do Brasil.

A presença de Heloisa (acima em outra foto de Marcelo Borgongino em confraternização da “Academia Brasileira de Arte”), na cena artística do país, foi marcante: A convite do governo russo estagiou no Museu Ermitage assim como no Museu de Arte Moderna de Paris, também a convite do governo francês, de quem, aliás, recebeu a ‘L’Ordre des Arts et des Lettres’, no grau de Chevalier. Por todo seu grande trabalho em prol das artes plásticas, sobretudo na capital fluminense, Heloisa recebeu o Título de Cidadã do Estado do Rio de Janeiro, em 2002, na ALERJ, além de outras justas homenagens.

Como escritora, além de ter publicado livros como ‘O Mundo de Taizi Harada - as Quatro Estações 20 Dias pelo Brasil’ e ‘Romero Britto: Flying fish & Mickey Mouse’ mais o ‘Acervo Museu Nacional de Belas Artes’, resgatava as memórias de sua família, muito conhecida, em Minas Gerais. Filha do advogado, professor, jurista, jornalista e político Pedro Aleixo (1901 – 1975), vice-presidente da República impedido de assumir quando Costa e Silva teve uma trombose, em 1969. Heloisa contava que o político mineiro – natural de Bandeirantes, distrito de Mariana - e fundador da extinta UDN virou persona non grata dos militares porque se recusou a assinar o AI-5, em dezembro de 1968. Cassado em outubro de 1969, o ex-vice foi perseguido pelo regime até a sua morte, nos anos 70. Entretanto, como vice-presidente da república, Aleixo foi o último nesta condição a exercer a presidência do Senado Federal. Assumiu a presidência da república no mês de abril de 1967, em razão de uma viagem de Costa e Silva ao Uruguai.

Viúva de Carlos Lustosa de Andrade, engenheiro civil da turma de 1948 da Escola de Engenharia de Minas Gerais, responsável por diversos projetos de construção civil representativos dos anos 60 e 70, na Zona Sul do Rio de Janeiro, inclusive do prédio onde Heloísa vivia no apartamento de cobertura, ela mantinha intenso convívio no mundo cultural carioca, prestigiando sempre amigos e empreendimentos acadêmicos e de preservações artísticas. Não fazia distinções entre acadêmicos, tampouco intrigas nos lugares onde atuou. Era séria, clássica e incentivava o jovem, valorizando o resgate histórico das entidades e afins. Minas Gerais, além dos rituais hospitaleiros, contribuiu com a presença festejada de Heloísa Aleixo Lustosa no mundo cultural. E ela será reverenciada e será lembrada, na imortalidade, sempre!

* Thiago de Menezes é presidente da "Federação das Academias de Letras do Brasil - FALB", membro correspondente da Academia Carioca de Letras e diretor da FALASP - Federação das Academias de Letras e Artes do Estado de São Paulo. 


 

FOTO SAUDADE - Assim ela gostaria de ser lembrada: Como presidente da “Academia Brasileira de Arte”, a ABA, Heloísa Aleixo Lustosa, de verde, aparece cercada pelos membros acadêmicos, e, na extrema direita, o Secretário Geral da Academia, Victorino Chermont de Miranda, atual presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Na foto, vemos ainda, entre outros, o escritor e dramaturgo Sergio Fonta (atual presidente da Academia Carioca de Letras) e o escritor, ensaísta e historiador de temas culturais Sylvio Lago, além da arqueóloga Maria Beltão, do antiquário Paulo Roberto Barragat, colecionador de arte antiga, do maestro Marlos Nobre, do ensaista Patrick Meyer, de Hildegard Angel (presidente do Instituto Zuzu Angel), do compositor e homem de carnaval Haroldo Costa, do designer gráfico Victor Burton, considerado o maior capista do mercado editorial brasileiro, além do acadêmico Mário Mendonça, considerado o maior artista brasileiro de arte sacra contemporânea, com quadros no Museu do Vaticano e em várias coleções e igrejas do mundo. (Registro de Marcelo Borgongino).


 

 

 

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Instalação da "Academia Brasileira de Letras da Magistratura"

 

Instalação da Academia Brasileira de Letras da Magistratura 

FALB e FALASP representada na instalação da Academia Brasileira de Letras da Magistratura e posse da nova Diretoria do Instituto dos Magistrados do Brasil


    No último dia 09 de maio, o Instituto dos Magistrados do Brasil realizou a instalação da “Academia Brasileira de Letras da Magistratura” e posse da nova Diretoria do “Instituto dos Magistrados do Brasil”. O evento aconteceu no Museu da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, na sala onde em 07 de dezembro de 1940, foi promulgado o Código Penal e seguiu para o Órgão Especial do TJRJ, onde aconteceram os discursos e o coquetel de confraternização. A instalação da Academia foi o último marco da gestão do Desembargador Fábio Dutra à frente da presidência do IMB. “A Academia Brasileira de Letras da Magistratura é um sonho de muitos magistrados, e isso vem se concretizar hoje como os acadêmicos e quem iniciariam. E hoje nós temos 18 acadêmicos que darão início ao projeto, e hoje a academia está vinculada ao MP. E esperamos que futuramente ela possa estar com autonomia”, afirmou o Desembargador Fábio Dutra.


    O jornalista e escritor itapirense Thiago de Menezes, presidente eleito da ‘Federação das Academias de Letras do Brasil’, esteve presente ao evento, quando representou Itapira e foi recepcionado, junto com a Vice-Presidente da FALB e CEO do Jornal DR1, a jornalista e advogada Ana Cristina Campelo de Lemos Santos, pelo juiz-auditor Edmundo Franca de Oliveira. Representando a ‘Academia Brasileira de Letras’, estava o imortal Carlos Nejar e o pastor David Antunes representou a ‘Academia Brasileira Teológica de Letras’. O evento também contou com a presença do atual ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Fux, que recebeu também o diploma de acadêmico. “Agradeço a academia, e como ressaltei no início eu me sinto na minha casa. Agradeço a todas as mulheres presentes, desembargadores e a todos”, declarou Fux. O jornal DR1 entrevistou o atual presidente do IMB, Petterson Barroso. “É muito importante existir o IMB porque ele é um centro de cultura e excelência que levar e traz a cultura de um estado para o outro, trazendo atualização e informações ao jurídico para todos os magistrados”, disse.

    O Desembargador Henrique Carlos de Andrade abordou a educação em seu discurso. “É sempre muito bom quando nós tomamos iniciativas voltadas em favor da cultura. A nossa educação, em termos de Brasil, sofre muito com o problema de formação, como a formação dos jovens. É preciso desenvolver iniciativas grandiosas, onde vamos cuidar da nossa gente, e contribuir pra nossa sociedade. Tenho certeza que a academia inicia uma vida rica e contribuição para a sociedade”, explicou o desembargador. Já o Desembargador Willian Douglas declarou sobre a importância do evento: “Nós temos uma associação que é inteiramente importante, porque elas conversavam, dialogam, se corrigem e se motivam. Então, nós temos o IMB fazendo esse trabalho e a partir de hoje, a Academia Brasileira de Letras da Magistratura irá reunir escritores. Estamos muito felizes por iniciarmos”.

 (Matéria e foto: Press DR1 e FALASP)

domingo, 1 de maio de 2022

AILA PERDE ARGEMIRO REPAS

 

Acadêmico Argemiro Repas (1936 – 2022)!

A Baixa Mogiana perde um ícone do jornalismo regional e prestigiado membro da Academia Itapirense de Letras e Artes

Faleceu em Mogi Mirim (SP), na madrugada de 30 de abril de 2022, o jornalista e radialista Argemiro Cifuentes Repas, mais conhecido como Miro Repas, aos 85 anos. Ele era, desde 1999, membro titular efetivo da Academia Itapirense de Letras e Artes, da qual foi um dos grandes divulgadores na imprensa regional. O presidente da entidade, - atualmente coordenada pelo P.E.N. Clube de Itapira -, o escritor e também jornalista Thiago de Menezes, declarou “Diríamos, sem receios (exatamente por que tivemos a ventura de conhecê-lo bem pelos muitos anos de convivência semanal) que Argemiro Repas não era um homem comum: possuía luz própria na abrangência de sua inspiração jornalística e também a literária que concebeu centenas de crônicas imortalizadas no contexto de uma notável fluência de ideais que sempre defendeu de maneira obstinada. Miro lapidou um modelo próprio que definiu sua diretriz de vida passada e repassada em múltiplas vertentes exercidas no dia a dia de um enfrentamento abastecido de sadio idealismo em tantos objetivos alcançados.”.

Natural de Pirajuí - interior de São Paulo, onde nasceu em 18 de maio de 1936, Miro Repas se tornou referência do jornalismo mogimiriano, ao lado de outros grandes expoentes da área de comunicação, como os saudosos Valter Abrucez e Arthur de Azevedo, além de Mauro Adorno. Miro era dono de um texto ímpar, um poeta, muitas vezes comparado ao renomado jornalista e sociólogo Joelmir Beting. Segundo o Portal da Cidade de Mogi Mirim, “Ele tinha a arte de ‘bricar’ com as palavras, deixando sua marca em todos seus textos, fossem crônicas ou reportagens”. Na década de 1980, ele trabalhou nos jornais O Impacto e O Regional, sendo que neste último, assinava uma coluna famosíssima, com o pseudônimo de Leon de Passargada. Essa coluna seria publicada, anos depois, no jornal A Cidade de Itapira, onde ele trabalhou por longos anos, praticamente toda a década de 1990 e de 2000.

Argemiro também marcou história na rádio, com boas histórias contadas na emissora Rádio Cultura de Mogi Mirim. Miro Repas integrou uma época de ouro do rádio AM do interior, principalmente através dos microfones da Rádio Cultura, cuja famosa equipe era composta por Alair Belini, Roberto Rola Leite, Lalo Franco Ortiz. Orlando Pintaca Branzatto, Dito Rocha, Eurico Madeira, Genézio, Edson Roberto "Mosquito" Costa, Carlos Roberto Botelho, Sidney Barbosa Lima, Sr. Mello, Jair Martins, Osvaldo Custódio, Maria Airam, Mogino a Mogianinho, Nelson Patelli Filho, Artur de Azevedo, Luiz Cardoso, Orlindo Marçal,, Valter Abrucez, Gebe, Ávaro Garcia Novo, (O Guto),Camilo, Alberto Cesar Iralah, André Luiz Avalino, Jaçanã, Zé da Serra, Nhô Zóli, Jair Barbosa Martins,  Luiz Carlos Índio Vital, Fernando Oliveira de Abreu Sampaio - este, dirigindo - ao lado do seu pai e mestre Antônio Carlos de Abreu Sampaio; Aluízio Nogueira, Álvaro Alves, Odinovaldo Dino Bueno, Carlos Mathias, Paulo Roberto Tristão, Benegas,  Chilin, Dilson Antônio Albuquerque, José Lúcio Goi, José Carlos Tinini e outros grandes radialistas e homens de comunicação que conviveram entre si durante praticamente trinta anos, do começo dos anos 1980 até meados dos anos 2000, quando o rádio começou a perder sua força.

Argemiro Cifuentes Repas foi amigo de Laudo Natel (o famoso “Governador caipira”), que também era de sua região natal, tendo feito notórias incursões na política. Por pelo menos 10 anos esteve assessor nas Administrações Municipais, dos ex-prefeitos Netto e Ricardo Brandão. Na redemocratização do país, Repas fez campanha ferrenha para o então candidato do MDB ao Governo de São Paulo, André Franco Montoro, que acabaria sendo eleito. Enfrentou a ditadura militar sendo um ardoroso defensor da emenda das Diretas Já (Dante de Oliveira). Para Miro, o que importava era a democracia e a liberdade do povo brasileiro. Tanto que era respeitado tanto pela direita quanto pela esquerda. A verdade é que ele não tinha desafetos políticos, sendo considerado um autêntico diplomata. Fidalgo e dono de um bom humor espetacular, preferia resolver tudo com uma boa conversa regada a cerveja e muita música. Eminentemente musical, Miro era aficionado pela boa MPB e foi, ainda, amigo do compositor Tito Madi, que também era nascido em Pirajuí, terra natal também da socialite Carmen Mayrink Veiga, nascida Solbiati, e da ex-primeira Dama do Estado de São Paulo, d. Maria Zilda Gamba Natel, mulher de Laudo Natel; todas personalidades com as quais ele conviveria em sua mocidade.

Miro Repas costumava fazer as coberturas da Prefeitura, às vezes, sem precisar sequer ouvir os prefeitos. Pela experiência e convivência com os políticos, já sabia qual seria a resposta.  Respeitado, Miro tornou-se "guru" político. Muitos candidatos e até eleitos a diversos cargos o procuravam com frequência para conversar sobre a gestão mogimiriana e, é claro, recebiam valiosas dicas. E o jornalista da velha guarda, Miro acompanhou a modernização na área de comunicação e era destaque nas redes sociais. Mantinha sua página no Facebook sempre atualizada com textos informativos e que faziam muita gente refletir. Ele deixa a esposa Mariti, com quem tinha dois filhos.

As almas iluminadas têm passaporte carimbado pelos deuses do Olimpo. Essa bênção, com certeza, conduziu Miro Repas para a galáxia mais elevada das constelações do Criador. Descanse em paz, nobre jornalista e acadêmico. E que essa mesma santa paz lhe sirva para moldar traços arquitetônicos no seu eterno panteão da saudade. Argemiro Cifuentes Repas (1936 - 2022).