Theresinha
e "A Fabulosa Estória de Roque Santeiro e Sua Fogosa Viúva. A Que Era Sem
Nunca Ter Sido", ou melhor, "Roque Santeiro", da obra de Dias
Gomes
Homenagem a Theresa Amayo (1933 – 2022)
Quando,
no meu afã perante à FALASP (Federação
das Academias de Letras e Artes do Estado de São Paulo) e no bravo resgate
também da teledramaturgia brasileira, condecorei vários artistas no Rio de
Janeiro e principalmente aos que estavam ligados à primeira versão da novela "Roque
Santeiro" (1975), polêmica obra televisiva que foi censurada pelo regime
militar. Com mais de 70 anos de carreira, Theresa
Amayo, que foi uma das primeiras estrelas da arte televisiva, foi premiada
e reverenciamos os dias em que atuou como Mocinha, a pueril noiva de Roque
(Francisco Cuoco) e filha de Dona Pombinha, então vivida pela querida Eva
Tudor, que também foi lembrada nessa feliz ocasião junto ao Haroldo Costa.
"Roque Santeiro", produção que não pode ser exibida pela Rede Globo,
teve a direção de Daniel Filho e a atriz Theresinha Amayo, também uma das
primeiras contratadas da emissora e que fez parte do elenco de grandes
produções que ainda vivem na memória dos telespectadores, deixou saudades. E
ela morreu na madrugada desta segunda-feira (24/01/2022), aos 88 anos, no Rio
de Janeiro. Minha antiga vizinha de Laranjeiras, um papo agradável, mãe de
minha saudosa amiga Lys, amiga e afilhada de Dulcina - talvez um dos maiores
nomes do teatro brasileiro - vai deixar saudades e muitas. Gratíssimo por tanto
e muito, até breve Theresinha ❤
(C. Thiago de
Menezes, presidente da FALASP, triste!)